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Estudos mostram que menos de 35% do que é feito aos pacientes é realmente benéfico, por isso a ineficácia dos cuidados é um fator preocupante
Por Wilson Lemes
É muito importante ter em mente que a efetividade clínica só será alcançada definitivamente quando todos começarem a pensar de uma mesma forma, olhando sempre para a importância da difícil equação entre qualidade e custos. É preciso alinhar os pensamentos e garantir que todos estejam unidos e remando no mesmo sentido, rumo a um mesmo objetivo.
Estudos recentes mostram que, a ineficácia dos cuidados é um fator de grande preocupação, pois se calcula que menos de 35% do que é feito aos pacientes é realmente benéfico; aproximadamente 10% das ações embora mitiguem os problemas, acabam simultaneamente criando outros; e mais de 50% dos serviços são realizados sem evidências robustas.
Dentro deste contexto, o foco no cliente é algo muito importante. Garantir que ele tenha a melhor experiência e o cuidado mais adequado disponível é algo que tem se preconizado muito em modelos de gestões na área da saúde. Uma mudança nesse sentido, aos poucos começa a ser percebida: o médico deixa de ser o centro e vemos um empoderamento do paciente, que tende a ser cada vez mais instruído no que diz respeito à sua saúde e ao tipo de assistência que recebe. Porém, este é um ponto ainda a ser evoluído.
Esta ainda é uma realidade que não faz muito sentido, já que a maioria dos problemas acontece quando o médico não está por perto, além disso, ninguém está mais interessado no bem-estar do que o próprio indivíduo. E com a evolução da tecnologia foi possível começar essa mudança para engajá-los através da disponibilidade de informações como estado da saúde, sinais, sintomas, exames e medicações na nuvem. Além disso, portais do paciente facilitam os processos permitindo o agendamento de consultas e exames e retirada dos mesmos sem precisar ir até o hospital ou clínica, entre outros benefícios.
Educar pacientes e envolvê-los nos cuidados com sua própria saúde é tão crucial quanto engajar os profissionais e pode ser uma receita de sucesso na busca da efetividade clínica. É preciso embasar e padronizar as escolhas que estão sendo feitas, pois decisões aleatórias levam à variabilidade no atendimento e resultam em custos altos de assistência.
Existe uma grande diferença na forma como se presta os cuidados de saúde, dentro de um mesmo bairro e especialmente entre regiões, resultando em tratamentos muito heterogêneos. O maior desafio da medicina neste cenário é fazer um diagnóstico situacional a fim de entender por que pacientes semelhantes recebem cuidados tão diferentes e envolver o paciente no processo pode ajudar a diminuir esse problema.
A responsabilidade é muito grande por parte das organizações de saúde em encontrar as melhores soluções, aquelas que sejam capazes de assegurar que médicos e pacientes tenham acesso prévio a informações que os ajudem a embasar a sua escolha e aumentem assim as chances dela ser a mais adequada e bem sucedida, tanto do ponto de vista da saúde do paciente, como também para a instituição. Uma conduta correta e bem suportada por informações de qualidade e tecnologia de ponta diminui as chances de reincidência de internações, erros de prescrição de medicamentos, entre outros fatores que servem como uma catapulta para elevar os custos.
Wilson Lemes é Country Manager LATAM da Wolters Kluwer Helth, formado em Marketing, Negociação, Planejamento de Negócios, Dispositivos Médicos e Desenvolvimento de Negócios. O executivo acumula passagens por empresas como GE Healthcare, Nobel Biocare e O4B Consulting.
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