Gerenciamento de Processos de Negócios (BPM)

Gerenciamento de processos: saiba como engajar os colaboradores

Além de treinamento e capacitação, é preciso motivar os funcionários do hospital para garantir resultados com o uso da ferramenta

por editorial GesSaúde

O gerenciamento de processos hospitalares – metodologia que mapeia, planeja, monitora, avalia e revisa todas as atividades executadas em uma organização de Saúde –  depende diretamente do engajamento dos colaboradores. Afinal, são eles que irão executar as tarefas elencadas. Para tanto, é preciso que os funcionários conheçam e entendam não somente os trabalhos que realizam, mas enxerguem também o impacto que intercorrências podem gerar para cada processo, para a operação do hospital e para o atendimento ao paciente.

Hospital: onde e como implantar gerenciamento de processos

https://www.youtube.com/watch?v=LsIIeKzXA-k

Alcançar resultados com o gerenciamento de processos depende da integração de todos os times que compõem um hospital, do assistencial ao backoffice. Para tanto, desenvolver a maturidade da gestão hospitalar é fator decisivo porque proporciona a capacidade de enxergar o todo e fazê-lo funcionar.

O médico Ricardo Ayache, da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado do Mato Grosso do Sul (Cassems), responsável por plano coletivo empresarial na modalidade de autogestão, explica que o gerenciamento de processos no ambiente hospitalar não pode ser vertical, ou imposto pelas lideranças, mas sim contar com a participação de todos os colaboradores, independentemente dos cargos que ocupam. “A ferramenta é um compêndio de informações detalhadas de cada atividade desenvolvida na instituição. Lista quais são as tarefas executadas, quais as pessoas envolvidas, com definição de início, fim e propósito de cada ação, a fim de prever melhorias e realizar a constante correção dos processos. Se não houver participação e, mais que isso, engajamento de todos os profissionais envolvidos tanto na implantação quanto no gerenciamento e na revisão, a ferramenta não alcança seu principal objetivo: encontrar gargalos e servir como base para os gestores corrigirem rumos e até mesmo efetuarem o total remodelamento do negócio.”

O especialista cita que, para que haja engajamento e, consequentemente, a ocorrência de erros seja minimizada, é preciso treinamento e capacitação das equipes. “O monitoramento é constante e acompanha se as implementações tornaram o processo melhor, observando ainda se ele é executado de forma correta, o que depende diretamente do funcionário que realiza aquela atividade. É preciso deixar claro que sempre há oportunidade de melhorar, e a motivação dos colaboradores é essencial para não causar estagnação.”

Gestão

Além da capacitação, motivar colaboradores também depende do papel do gestor e do nível de maturidade de gestão hospitalar. “É o líder quem garante que todos os funcionários conheçam as etapas envolvidas nos processos, a fim de saber de que forma eventuais erros podem impactar no conjunto. Os gestores precisam de três princípios de trabalho essenciais: liderança, devido ao contato direto com as pessoas; técnica, que lhes garante o conhecimento específico inerente à função; e método, que pode ser traduzido como o caminho para se alcançar resultados”, comenta a coordenadora do MBA em gestão de Saúde do Centro Universitário São Camilo, Claudia Raffa.

Ricardo Ayache, da Cassems, destaca que o gerenciamento de processos fornece um amplo auxílio na gestão eficiente da instituição hospitalar, pois os dados gerados por ele podem se tornar informações estratégicas que, além de auxiliar na condução do dia a dia e na obtenção de resultados, podem mudar os rumos do negócio – por meio, por exemplo, da decisão de investir mais em uma determinada área, que tem mais demanda e garante mais retorno. “Mas, para que funcione adequadamente, é de suma importância sua inserção na cultura organizacional, além do monitoramento metodicamente constante. Esses comportamentos devem partir dos gestores para os colaboradores, envolvendo a todos.”

Engajar o colaborador, portanto, é estratégico para quem quer extrair o máximo do gerenciamento de processos e fazer com que a ferramenta auxilie e organize as rotinas do hospital. É essa motivação da equipe que ajudará a atingir os principais resultados para uma organização de Saúde: ampliar a qualidade do atendimento ao paciente e reduzir os gastos.

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Foto: Depositphotos

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