Gestão de Crise em Hospitais

Gestão de crise: como reorganizar a instituição

O gerenciamento de suprimentos e medicamentos é um dos grandes desafios do momento de gestão de crise

Por Editorial GesSaúde

A crise do coronavírus apresentou um desafio complexo para os hospitais: estruturar processos, administrar recursos humanos e otimizar espaço físico, além de lidar com a escassez de insumos. Por isso, a gestão de crise deve se apoiar em estratégias orientadas para atualizar os processos e utilizar a tecnologia disponível para manter o atendimento e reduzir os impactos no negócio. Nesse sentido, de acordo com Mendel Sanger, diretor executivo da Digisystem, após a passagem da pandemia do COVID-19, a gestão de crise vai fornecer, como principal lição aos hospitais, uma nova cultura organizacional. 

O especialista apoia essa afirmativa pela ampla utilização das novas tecnologias. “Uma nova cultura organizacional deve ganhar espaço, pois o compartilhamento de informações digitais de forma segura vai amadurecer”, explicou. Ainda no aspecto tecnológico, a gestão de crise expôs a necessidade de as organizações de Saúde usarem as ferramentas e soluções digitais. “A telemedicina deve ser a modalidade que ganhará mais força e com certeza a pandemia poderá ser expandida para outras especialidades”, exemplificou Sanger.

Espaço físico

Superlotação de leitos, hospitais de campanha e realocação de áreas de internação fazem parte do conjunto de exercícios diários da gestão de crise praticada por muitos hospitais. Além disso, o diretor executivo da Digisystem acrescenta outros desafios também latentes no momento.

“Neste sentido os hospitais serão obrigados a reorganizar seus espaços de trabalho, bem como a gestão de escalas dos seus times assistenciais e administrativos. Além disso, como a ocupação hospitalar para as demais demandas, principalmente para as cirurgias eletivas foram muito reduzidas, as instituições terão também que se reorganizar em relação aos suprimentos de materiais e medicamentos”, ponderou.

Tecnologia

Além da telemedicina, Sanger apresenta outros recursos que tiveram a atuação reforçada dentro dos hospitais desde o início da pandemia. “Neste momento, pelo aumento da demanda e reorganização do modelo de trabalho, as ferramentas de tecnologia passam a ser essenciais para dar produtividade e segurança no atendimento, disponibilizando plataforma para atendimento remoto (telemedicina) e também disponibilizando informações para acesso de qualquer lugar a qualquer hora (sistemas de GED, sistemas de gestão hospitalar web based, assinatura digital).”

Gestão em evolução

Com relação ao preparo das organizações de Saúde para uma situação como a causada pelo coronavírus, a visão do executivo é direcionada aos investimentos feitos nos anos anteriores à pandemia.

Por isso, Sanger explica que os hospitais estavam parcialmente preparados para a crise. “Pois as instituições sempre fizeram muitos investimentos para garantir a segurança da informação dentro das instituições.

Com a necessidade da grande demanda de acesso externo, novos recursos precisarão ser adicionados para garantir que as informações não sejam perdidas ou interceptadas indevidamente em conexões não seguras. Isto poderá significar não só investir em segurança mas também em revisitar a tecnologia das ferramentas transacionais”, descreveu. 

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