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Inteligência artificial, impressão 3D e outras inovações trarão novos modelos de assistência
por editorial GesSaúde
Já parou para pensar em como seria receber atendimento médico a distância ou fazer uma cirurgia em que o assistente é um robô? Graças ao avanço das tecnologias digitais, isso se torna cada dia mais plausível. Segundo o estudo Top Health Industry Issues of 2018, da consultoria norte-americana PwC, 32% da população mundial já utiliza aplicativos para monitorar a saúde. Mais que isso: 30% dos pacientes com mais de 65 anos preferem uma consulta online se ela for mais barata que a convencional. Entre os profissionais de Saúde não é diferente: 46% das organizações usam aplicativos para monitorar remotamente seus pacientes e 21% para interagir com eles; e 31% dos médicos têm assistentes pessoais em seus smartphones.
A utilização de tecnologias digitais promove uma série de mudanças, em especial na parte clínica. Um exemplo disso é o tratamento de câncer, beneficiado por prontuários digitais que armazenam um volume enorme de dados – o que possibilita usá-los para mapear soluções de risco, refletindo na melhoria do atendimento. “Atualmente ouvimos falar muito na Saúde 4.0, em que temos a fusão de várias tecnologias com o objetivo de tornar a assistência mais precisa, eficiente e rápida”, ressalta Wagner Sanchez, professor e coordenador do MBA em Health Tech da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap).
O termo faz parte da Quarta Revolução Industrial e prevê, principalmente, a digitalização de dados, interconectividade entre máquinas e comandos, bancos de dados mais eficientes e maior autonomia dos pacientes em relação à própria saúde. Juntas, algumas tecnologias digitais criam soluções que contribuem para isso. Conheça algumas delas:
Grandes redes de hospitais já começaram a utilizar essas tecnologias digitais, mas ainda há muito o que se explorar. “É uma evolução constante. A cada dia as inovações entram mais no cotidiano médico e, no futuro, trarão ainda mais qualidade de vida para os pacientes e eficiência para o sistema de Saúde”, diz o professor. Além da assistência, elas também transformarão os negócios.
Novos modelos de atendimento
Os consultórios virtuais poderão proporcionar atendimento a distância, quebrando barreiras e levando a medicina para lugares com poucas condições. No Brasil, a resolução nº 1.643/2002 do CFM (Conselho Federal de Medicina) ainda restringe consultas médicas por telefone ou internet diretamente entre profissionais de Saúde e pacientes. Elas são permitidas apenas se houver um profissional em ambas as pontas do canal de comunicação. Considerada a principal diretriz ética que rege o uso da telemedicina no País, essa norma está em revisão pela Câmara Técnica de Telemedicina e Informática em Saúde do CFM. O objetivo, segundo o conselho, é atualizá-la para atender aos recentes avanços das tecnologias digitais.
Com alterações na legislação, as possibilidades são inúmeras, avalia Sanchez. “Será possível reunir profissionais do mundo todo, por exemplo, para auxiliar em uma cirurgia. Ou mesmo levar assistência a uma tribo indígena afastada, onde poucos médicos chegam, mas a tecnologia sim”.
Medicina preditiva
Com toda essa revolução na forma como a assistência é prestada, os modelos de Saúde tendem a se tornar mais eficientes, deixando de ser hospitalocêntricos, ou seja, baseados nos tratamentos de doenças já instaladas ao invés da prevenção primária. “A tendência é que a medicina trate a saúde, e não a doença. Isso reduz os custos do hospital, que evita ao máximo que o paciente passe por uma UTI, que requer maior complexidade”, explica Sanchez.
Negócios disruptivos
Startups de Saúde estão crescendo com a ajuda da tecnologia. Exemplos são as clínicas populares – que têm como objetivo suprir a demanda por acesso a custos menores -, e empresas que criam aplicativos que auxiliam no atendimento e assistência. “Sensores, Internet das Coisas e outras tecnologias já estão sendo usadas em aplicativos que facilitam o cuidado com a saúde, com soluções preditivas e menos invasivas”, destaca o especialista da Fiap.
A transformação digital vai além de oferecer novidades. Nessa caminhada, deve-se planejar os investimentos e saber de que forma cada inovação ajudará os hospitais a alcançar os resultados almejados. Além disso, é necessária uma mudança de cultura. O uso das tecnologias digitais exige integração, e ter uma gestão madura e pronta para receber essas ferramentas significa entender que o mais importante é trabalhar, em conjunto, com um único objetivo final: melhorar a saúde do paciente.
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Foto: Shutterstock
12 de junho de 2018 | Atualizado dia 14 de janeiro de 2020
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