Transformação Digital na Saúde

Como concorrer com os negócios que nascem digitais

Empresarialização da Saúde mostra às organizações o poder de negócios que nascem digitais por natureza, como as startups; a corrida é para não ficar obsoleto

Por Roberto Gordilho

A conectividade trouxe diversos valores para a indústria da Saúde, mas também abasteceu fortemente a concorrência. Enquanto muitas organizações se movimentam para otimizar a entrega de serviços e produtos, outros espaços e nichos são assumidos por negócios que já nascem digitais. As startups são um exemplo. Elas usam da tecnologia para criar soluções práticas aos clientes. Convertem serviços e produtos na mesma plataforma. Causam a disrupção com novos padrões de consumo e relacionamento com os usuários. O resultado é uma concorrência mais fortalecida e inovadora.

 

Os empreendimentos mais tradicionais podem se espelhar nos mais recentes para se renovarem e ampliarem o potencial competitivo. Assim, é preciso conhecer algumas das características dos negócios que já nascem digitais. São elas:

Atualização

No mundo online a interação com os serviços e produtos da Saúde assumem uma dinâmica própria. O que deve ser considerado é a inconstância do comportamento de consumo somado à alta velocidade transformadora das novas tecnologias. As pessoas, ou seja, os clientes, querem tudo na palma da mão, literalmente: serviços, produtos e novas abordagens para as demandas concentradas em aplicativos e plataformas de e-commerce dentro dos smartphones. Se uma organização de Saúde não está na internet ou não se atualiza para os padrões de consumo desse novo mundo, ela dificilmente sobrevive como negócio.

Comunicação

Também é preciso saber se comunicar com os clientes e fazer com que compreendam os diferenciais do negócio. Redes sociais e plataformas de interação online devem entregar informações relevantes e facilitadoras. Como a telemedicina é uma realidade, o fundamental é que a instituição recorra a serviços online que forneçam qualidade de vida e promoção do bem-estar. E isso tem de ser feito respeitando a diversidade dos padrões de interação e comunicação dos públicos.  

Tecnologia e inovação

Grande parte das organizações está migrando para a bolsa de valores. Ou seja, o movimento de empresarialização do setor está fortalecido. Os resultados empresariais são fundamentais para que o empreendimento prospere. Porém, os negócios que nascem digitais ganham escala por adotarem um modelo de operação com baixo custo. Outro fator importante é a cultura de transformação digital:

  • Modelo de trabalho: os negócios digitais não possuem estrutura física consolidada – conglomerados prediais que adensam áreas como financeiro, recursos humanos, comercial e clínicas, por exemplo. Os colaboradores estão conectados e atuam remotamente. Por isso, atualizar a organização de Saúde pede uma revisão no modelo de trabalho das equipes. A atuação híbrida entra em cena, com parte dos colaboradores operando de casa e parte presencialmente. O modelo traz vantagens como melhor produtividade e baixo investimento em infraestrutura operacional, principalmente de backoffice; 
  • Digitalização: dos processos, documentos e tudo o que pode ser armazenado na nuvem. Os negócios digitais economizam tempo e investimento ao adotarem ferramentas para automação de rotinas, gestão de insumos e acompanhamento de atividades. É um passo muito além da cultura paperless. Portanto, é um movimento que deve ser adotado pelas instituições que querem se manter ativas no mercado e se destacar da concorrência;
  • Diversidade: as novas gerações são responsáveis pelas ideias inovadoras por trás das startups. Isso, contudo, não significa que é preciso renovar os times com base na idade. Para competir com os negócios que nascem digitais, é preciso investir em capacitação constante, atualização com as tecnologias e formas de interação com o cliente da atualidade. 

Nesse último quesito encontra-se um diferencial dos negócios tradicionais com relação aos digitais: experiência. A Saúde é um setor que, devido à sua complexidade inerente, forma profissionais altamente adaptados a mudanças repentinas de cenário. São pessoas que aprendem novas profissões e conhecimentos para manter o equilíbrio do negócio. E esse potencial deve ser aproveitado para renovar todo o negócio e fazer frente aos digitais por natureza. 

Portanto, para competir com os negócios digitais é importante considerar a expertise setorial aliada às mudanças pertinentes ao momento. Mais que isso, toda transformação deve, primeiramente, acontecer entre as pessoas que fazem parte da organização. E assim, com a cultura digital enraizada e colocada em prática no dia a dia, a instituição prospera e faz frente aos novos negócios que estão surgindo. 

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