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Para especialista, não basta investir em informatização sem pensar em gestão de pessoas e gerenciamento de processos
Por editorial GesSaúde
A ocorrência de glosas – inconsistências em relação à cobrança de procedimentos – é uma das principais preocupações dos hospitais na atualidade, ainda mais em tempos de crise econômica no País. Manter a qualidade do atendimento ao paciente diante de recursos limitados se torna um desafio. Por isso, para gerir as glosas de forma inteligente e, principalmente, evitar que aconteçam, é preciso evoluir a maturidade de gestão hospitalar.
Segundo Fernando Teles de Arruda, coordenador adjunto do curso de medicina do campus Bela Vista da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), existem três tipos de glosa no ambiente hospitalar. Veja a seguir:
Maturidade
Arruda avalia que a maturidade de gestão hospitalar ajuda a evitar glosas. Isso porque a tecnologia, por si só, não basta. “É importante contar com um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), que reúne todas as informações do paciente e da cadeia de processos em um só lugar. Mas costumo dizer que quem faz errado, erra com ou sem tecnologia, portanto, é preciso garantir a gestão integrada e estratégica de pessoas e processos entre os diversos setores do hospital.”
De acordo com o especialista, a gestão de pessoas tem papel importante para evitar glosas. “O gestor maduro promove o diálogo com seus profissionais em relação à qualidade das informações fornecidas por eles quando realizam um procedimento. É preciso justificar porque foi solicitada uma ressonância magnética e não um raio x, por exemplo, para um paciente que deu entrada no hospital com dor no pé. Pode ser porque ele já tenha feito outros exames, porque tem histórico de tumores na família; mas todas essas causas precisam ser descritas pelo médico para justificar o pedido.”
Outra forma de evitar glosas é por meio do mapeamento e gerenciamento de processos, com a realização de auditorias periódicas a fim de identificar onde há erros e o que fazer para minimizá-los. “O gerenciamento de processos define claramente a forma como realizar, o papel de cada funcionário na realização dos procedimentos, bem como os recursos que são utilizados, criando padrões que ajudam a evitar intercorrências”, diz o especialista.
A auditoria também pode ir além quando há maturidade de gestão hospitalar. “A gestão madura é aquela que consegue, por meio das auditorias, não só identificar não conformidades e trabalhar na origem para garantir que não se repitam, mas também gerar valor para o hospital por meio da inclusão de elementos que são legítimos para a realização do procedimento, mas que antes não eram utilizados porque faltava um mapeamento mais elaborado.” O especialista cita como exemplo o uso de neuronavegadores na realização de neurocirurgias, o que gera ganhos não só para o hospital, mas também para os pacientes.
Evoluir a maturidade de gestão, portanto, pode ser o primeiro passo no caminho para diminuir o número de glosas e, assim, evitar perdas que prejudiquem o atendimento ao paciente, o funcionamento e a rentabilidade do hospital.
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Foto: Depositphotos
15 de agosto de 2017 | Atualizado dia 17 de janeiro de 2020
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