Transformação Digital na Saúde

Novas tecnologias: você ainda trabalha no analógico?

Inteligência artificial, IOT, impressão 3D e Blockchain são novas tecnologias que, apesar do nome, já são comuns na condução dos negócios de Saúde

Por Roberto Gordilho

Como seria sua vida se: as rotinas do negócio são conduzidas de forma eficiente e com baixo risco para erros; integração entre áreas e entregas resolutivas fornecem o cuidado necessário e personalizado para cada cliente;  a acessibilidade e interação com os usuários acontece de forma remota e, assim como tudo na organização de Saúde, os dados são protegidos por uma forte criptografia em bloco. Enquanto tudo isso acontece, você tem à disposição todos os times centrados para resolver desafios tão complexos quanto foi a pandemia da Covid-19.

Trata-se de um panorama cada vez mais comum na gestão da Saúde. A perenidade dos negócios depende muito das novas tecnologias. Contudo, é preciso dar continuidade ao processo de renovação tecnológica e, principalmente, fornecer subsídio para que os times possam se adaptar a cada novidade implantada na organização.

Esse é o cenário de uma instituição amparada por tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e blockchain. E não basta conhecer as inovações. É preciso ter uma visão holística de como elas contribuem e são adaptadas para o modelo de negócio. 

Inteligência artificial

Elencar os usos e benefícios da inteligência artificial é um trabalho infinito. Constantemente as máquinas e programações estão aprendendo padrões comportamentais e de previsibilidade que causam impacto inclusive no andamento da Bolsa de Valores. Para as organizações de Saúde, essa inovação é aplicada, por exemplo, para priorizar filas de atendimento, organizar e executar rotinas monótonas (repetitivas) e aprender hábitos de consumo e aspectos socioeconômicos. Com isso, a gestão ganha agilidade para a tomada de decisão e também tempo para se dedicar a outras complexidades características do setor. 

Blockchain

E como quase todos os dados gerados no processo organizacional de uma instituição são sensíveis (e estão amparados pela LGPD), a gestão tem atenção redobrada para a segurança. Porém, os benefícios do Blockchain na Saúde vão muito além do armazenamento confiável das informações e dados. A tecnologia surgiu na primeira década dos anos 2000, como alternativa super segura e sem falhas para a transação de moedas digitais, as criptomoedas. 

O Blockchain pode ser aplicado, por exemplo, no rastreamento e controle de insumos hospitalares, médicos e farmacêuticos. Isso é possível pelo armazenamento de dados cronológico feito de ponta a ponta. Toda a informação fica livre de qualquer tipo de corrupção. 

A gestão também pode se valer do Blockchain para o armazenamento e compartilhamento seguros de dados gerados em pesquisas e ensaios clínicos. Imagine a quantidade de informações geradas no enfrentamento ao coronavírus, por exemplo. Com possibilidades nulas de invasões e comprometimento dos dados, eles se tornam fundamentais para preparar a organização de Saúde para atuar em futuras – e possíveis – pandemias ou crises sanitárias.

IoT e super velocidades

Praticidade, economia de tempo e monitoramento remoto se agrupam como os principais benefícios da internet das coisas (Internet of Things – IoT). Do centro cirúrgico, até o controle de equipamentos para escritório, essa tecnologia é capaz de gerenciar e controlar sistemas de refrigeramento, executar compras online e até mesmo executar cirurgias de complexidades variadas – tudo acompanhado remotamente pelos profissionais. 

A disrupção no universo online, contudo, está ampliando as possibilidades de uso da IoT: 

  • Programas de expansão do acesso à internet, como o Starlink, de Elon Musk, vão permitir que o controle remoto aconteça em qualquer parte do globo. Além disso, será possível compartilhar a operabilidade com equipes fisicamente desconexas, aumentando a integração multidisciplinar em todos os níveis da gestão;
  • Soma-se a isso o ingresso de velocidades de conexão avançadas, tais como o 5G e 6G. Dessa maneira, a instituição economiza no tempo de resposta entre ferramentas e equipamentos remotos. 
O fim dos estoques

Diretamente relacionado à IoT, a impressão 3D é outra tecnologia que está mudando os paradigmas das organizações de Saúde em todo o mundo. Materiais e insumos diversos podem ser impressos a qualquer momento pelas impressoras avançadas. Cópias idênticas de órgãos humanos são reproduzidas em materiais com baixos índices de rejeição.

Os avanços vão muito além da redução de custos e desperdícios com estoques: o negócio se torna ainda mais sustentável ao produzir os produtos que necessita, no tempo pré-estipulado, usando a matéria prima com custo-benefício ajustável e fornecendo personalização dos serviços aos clientes. 

Gestão é tudo

Falar sobre a diversidade das novas tecnologias não pode se resumir aos usos e benefícios para as organizações de Saúde. Inovar o parque tecnológico exige habilidades gerenciais expandidas para liderança, otimização de recursos e capacidade de adaptação acelerada:

  • Processos: os processos devem ser planejados de forma a fornecer entregas resolutivas de acordo com a estrutura e capacidade produtiva da organização;
  • Pessoas: devem estar em constante aprendizado e treinamento. Implantar uma nova ferramenta na instituição significa alterar toda a cadeia operacional. Ou seja, as equipes devem ter preparo para lidarem com a inovação para que de fato ela forneça redução de tempo, erros e desperdícios;
  • Tecnologias: ao compreender intimamente a organização de Saúde, o gestor pode escolher a tecnologia que melhor se enquadra no propósito e perfil do negócio. 

Portanto, a melhoria contínua do empreendimento não pode ser uma responsabilidade unilateral: é preciso conectar pessoas e novas tecnologias para que os resultados garantam equilíbrio e valor em todas as entregas e pontos de contato entre clientes e instituição. 

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