Editorial GesSaúde

O que falta é profissionalização ou educação?

Foco nos resultados exige estratégia e profissionalização da gestão, o que difere muito da falta de educação com colaboradores e colegas

Por Editorial GesSaúde

As recentes transformações na Saúde expuseram uma demanda que há tempos tem crescido dentro das instituições: profissionalização da gestão. O conceito, contudo, ainda está sendo absorvido de forma equivocada por muitos profissionais – preocupados com a entrega de resultados e ampliação da eficiência dos serviços. Por isso, muitos gestores que buscam a profissionalização perdem o principal fundamento de engajamento das equipes, a educação. A cobrança excessiva por resultados mal planejados é um dos sintomas dessa falta de preparo.

O bom gestor sabe conduzir as equipes para um trabalho dinâmico, em que cada colaborador está alocado em funções compatíveis com sua personalidade e características profissionais. Além disso, gestores profissionais são líderes que inspiram suas equipes pelo fato de dominarem as habilidades modernas de gestão. É preciso ter em mente que a profissionalização está embasada pela seguinte retórica: a Saúde é feita por pessoas que trabalham em prol de outras pessoas. E em qualquer ambiente da sociedade, a educação é uma condição humana. 

Engajamento

O setor está passando por um momento crucial de profissionalização e empresarização. Assim, o gestor que quer acelerar a carreira, garantir resultados e eficiência deve saber somar as capacidades profissionais com as humanas. É saber que os processos são executados, em sua maioria, por pessoas. Então, por exemplo, se uma rotina não está atendendo às expectativas da organização de Saúde, o gestor deve checar como estão as pessoas responsáveis por ela. Ou seja, não se trata de punir e vigiar. É uma questão de avaliar a qualidade do ambiente de trabalho para as pessoas. Muitas vezes o momento pede a realocação de colaboradores pensando no bem estar e  não apenas nos resultados. 

A profissionalização da gestão enquadra uma operação orgânica para a instituição. Portanto, não existem funções mais importantes que outras. Se todo o conjunto organizacional não funcionar, os resultados não serão satisfatórios e, pior, o cliente sentirá a falta de qualidade dos serviços. Por exemplo, para que a recepção de um hospital acolha de forma rápida e prática os pacientes, todas as equipes do back office precisam funcionar harmonicamente: 

  • A tecnologia de informação deve garantir o suporte digital que melhor atende às características da organização;
  • Os treinamentos e atualizações devem ser bem aplicados pela área de Recursos Humanos;
  • O Financeiro precisa conhecer toda a operação para otimizar custos e recursos para compra de materiais;
  • O perfil e histórico do paciente tem de ser apresentados de forma dinâmica para a gestão clínica;

É apenas um exemplo que pode ser aplicado em todos os processos de qualquer organização de Saúde. E sem o mínimo de educação, o gestor não consegue apenas os resultados – ele se apresenta como uma pessoa sem profissionalização e preparo para lidar com as nuances do setor. Assim, o gestor moderno se preocupa de verdade com seus colaboradores. Afinal, se de alguma forma uma pessoa não está bem, são mínimas as chances de ela repassar bons resultados para os próximos colaboradores e clientes.

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