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Sistema tem como objetivo garantir a excelência dos serviços de Saúde, contemplando qualidade da assistência e segurança do paciente
Por Editorial GesSaúde
Governança clínica é um sistema no qual as organizações se responsabilizam em melhorar continuamente a qualidade dos seus serviços, garantindo elevados padrões de atendimento e promovendo um ambiente de excelência em cuidados clínicos. O termo foi criado pelo National Health System (NHS), sistema de Saúde britânico, e se expandiu pelo restante do mundo até chegar ao Brasil. Mas, na prática, ainda há muitos desafios para a implementação do conceito nos hospitais do País.
O médico Rodrigo Leite, CEO da FSL Governance e especialista em gestão hospitalar, explica que a governança clínica é composta por seis principais fatores: auditoria clínica, educação permanente, efetividade clínica, gerenciamento de risco, pesquisa e transparência. “A aplicação destes conceitos deve acontecer em todos os serviços que objetivem atendimento clínico de alta qualidade, eficiência e eficácia”, destaca Leite. Conheça mais sobre cada um deles:
Leite avalia que todos esses fatores se tornam ainda mais importantes no atual cenário da Saúde, com a mudança no modelo de remuneração proporcionada pelo advento do pagamento por performance. O especialista ainda elenca que o aspecto mais importante para obter uma boa governança clínica é a maturidade de gestão dos líderes. “O desenvolvimento pessoal e da equipe multiprofissional é fundamental para o resultado. Os gestores precisam conhecer profundamente seus serviços e estar antenados com as mudanças que estão acontecendo no mundo. Conforme a própria NHS descreve em seu site, a governança clínica tem como objetivo assegurar padrões clínicos ótimos e, consequentemente, melhorar a qualidade das práticas clínicas. Logo, a aplicação dos instrumentos tecnológicos, permitirão o controle, a avaliação e o desenvolvimento dos profissionais e dos serviços com o foco na atenção voltada ao paciente, a sustentabilidade e qualidade dos serviços”, garante Leite.
O especialista ainda alerta que os hospitais brasileiros tem um longo caminho para percorrer quando o assunto é a governança clínica. “Na grande maioria das instituições, encontramos um cenário com informações e registros deficientes, baixa profissionalização da gestão e assistência fragmentada.”
Nesse ponto, Leite acredita que a tecnologia é um meio para um modelo mais maduro de governança clínica, mas não o único. “A utilização de novas tecnologias integradas com o uso de Inteligência Artificial (IA), para a realização de diagnósticos e/ou decisões clínicas, irá alterar de maneira significativa a relação entre o médico e o paciente. Também haverá grande impacto em algumas especialidades médicas onde o diagnóstico depende da avaliação de imagens, por exemplo. Com as IA’s os diagnósticos serão muito mais precisos e eficazes do que o olho humano.” Leite ainda cita o uso dos wearables (tecnologias vestíveis), que revolucionarão o diagnóstico e controle de doenças, exames em tempo real, tratamentos à distância, mapeamento genético, entre outras inovações que permitirão mudar o foco para prevenção, e não mais apenas para tratamento de doenças estabelecidas.
Diante de tantos avanços tecnológicos e das mudanças proporcionadas por eles, sai na frente o gestor que consegue incorporá-los em sua governança clínica de forma madura e com foco no alcance de excelência fundamental para as organizações do futuro.
Saiba mais:
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Foto: Freepik
12 de novembro de 2018 | Atualizado dia 9 de janeiro de 2020
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