Gestão da Saúde

Planejamento estratégico é processo decisivo para gestão

Especialista elenca principais áreas que devem ser priorizadas na elaboração do planejamento estratégico

Por Editorial GesSaúde

Para diversos setores do mercado o segundo semestre de cada ano é o momento para elaboração do planejamento estratégico. Qualificar e listar prioridades, metas e objetivos a serem alcançados para o próximo ano é um processo de fortalecimento da instituição, além de guarnecer os pontos fracos do gerenciamento. Na Saúde, porém, o planejamento estratégico ganha atenção maior por parte da gestão devido à complexidade do modelo de negócio. Marcelo Fabiano Campos Vieira, gerente financeiro do Hospital Albert Sabin, ressalta que todas as áreas do hospital devem estar inseridas na estratégia.

Contudo, o especialista pondera que em uma organização de Saúde a gestão deve desprender atenção maior para três áreas específicas:

  • Assistencial: Conforme Vieira, a área de operações assistencial é onde hospital pode vislumbrar todo mapeamento da eficiência da operação, além de poder avaliar as oportunidades de crescimento e gestão de recursos é fundamental para orientação de onde a instituição quer chegar chegar e como alcançar os objetivos com sucesso.
  • Comercial: “o comercial é peça cada vez mais fundamental para o sucesso do plano estratégico. Bom relacionamento com mercado e visão de novos negócios são peças capazes de mudar o resultado de um hospital. Com o mercado cada vez mais pressionado na eficiência de recursos e prevenção, temos que sempre estar disposto a assumir novas rotas e novos modelos em busca de oportunidades”, explicou o gerente financeiro.
  • Finanças: Pela visão de Vieira, o financeiro é peça chave e acompanhado por um planejamento orçamentário bem feito. É a área que “orienta o poder de investimento, bem como a capacidade das estratégias serem realizadas dentro da realidade financeira da instituição. Estar sempre atento a realização dos recursos, bem como melhoria de processos traz cada vez mais eficiência operacional e melhor resultado”, ressaltou.
Desafios

Em um cenário de constante transformação, é preciso que os gestores conheçam quais os impactos iminentes e as mudanças que podem acontecer em um futuro próximo. Para 2020, o gerente financeiro observa alguns dos principais desafios que as instituições hospitalares devem estar atentas:

  • Economia: no cenário econômico o Brasil ainda conta uma incerteza e devemos estar preparados para todas as possibilidades desde um crescimento elevado até a uma retração na economia. Além disso a eleição americana pode influenciar significativamente a variabilidade cambial impactando os custos com insumos e investimentos.
  • Modelos de remuneração: os hospitais devem também estar atentos a mudança dos modelos de remuneração, bem como se prepararem cada vez mais para uma cultura de saúde preventiva. Novas oportunidades devem surgir e quem estiver a frente poderá ganhar escala com estas mudanças.
  • Projeção de vida: o envelhecimento da população é constante e com isso temos que construir um setor mais eficiente no tratamento a fim de evitar um colapso de leito hospitalar atingindo também a rentabilidade do negócio.
Agora é o momento

Um fator que pode ser decisivo no planejamento estratégico é a gestão do tempo voltado para esse processo. Deixar que elaborar a estratégia nos meses finais do ano pode ocasionar em dificuldades para planejar as metas e mapear os pontos fracos que devem ser superados. “Em nenhum ramo é possível deixar para última hora, porém na Saúde é ainda mais desastrosa esta possibilidade. A variabilidade dos procedimentos, bem como a incerteza dos atendimentos nos fazem ter ainda mais cuidado na hora de planejar”, avaliou o gerente financeiro do Albert Sabin.

Vieira reforça ainda que uma organização de Saúde é um ambiente altamente suscetível a desequilíbrios operacionais como, por exemplo, epidemias que podem causar um colapso na gestão de leitos. Situações assim podem tornar a gestão mais fragilizada para a elaboração de projeções no setor. “Portanto quanto mais tempo se gasta analisando e avaliando os riscos maior a chance no sucesso do seu planejamento”, explicou Vieira. 

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