Gestão da Saúde

Tecnologia é meio, o diferencial é cultura

Gestores precisam dominar a habilidade na qual o aprendizado e implantação de novos conceitos fazem parte da realidade dos negócios

Por Roberto Gordilho

Por muito anos grande parte dos altos gestores das organizações de Saúde acreditaram que investir em tecnologia seria o grande diferencial das organizações –  um passaporte para o futuro. Agora está cada vez mais claro que, apesar de muito importante, apenas o investimento em tecnologia não é suficiente para garantir o tão desejado salto para o futuro.

Apesar de vivermos em um mundo cada vez mais tecnológico, apenas as pessoas que não conhecem a dinâmica da inovação ainda acreditam que ela tem a ver com tecnologia. Ainda não compreenderam que inovar está diretamente associado com pessoas. Ou seja, que tecnologia é meio.

E pessoas tem a ver com cultura. Afinal, o que adianta ter um dream team em que cada um joga do seu jeito, de forma individual e não faz gols?

“o analfabeto do século XXI não é aquele que não sabe ler e escrever, é aquele que não sabe aprender, desaprender e reaprender”.

Quanto mais veloz o mundo evolui, mais importante se torna a cultura da organização e também que esta cultura esteja alinhada aos paradigmas do futuro, não do passado. O modelo PCC (planejamento, comando e controle) que impera como dominante desde a segunda revolução industrial em 1840, já não responde aos desafios de um mundo em transformação onde a incerteza é o elemento central do processo.

AVC

Neste momento, mais que planos detalhados elaborados pela “alta gestão”, é importante refletir sobre um novo paradigma, o AVC (Agilidade, a Velocidade e a proximidade com o Cliente).

A criação de uma cultura baseada no AVC requer o aprendizado e implantação de novos conceitos, é quase um desaprender e reaprender tão bem falado por Alvin Tofler quando diz que “o analfabeto do século XXI não é aquele que não sabe ler e escrever, é aquele que não sabe aprender, desaprender e reaprender”.

O AVC implica em mais autonomia, menos hierarquia, novos modelos de processos, um novo padrão de liderança, uma dose de risco e acima de tudo uma capacidade gigantesca de aprender.

Parece fácil, mas sair de um modelo em que os colaboradores são “apenas” executores, para um modelo onde são parte do time com autonomia, responsabilidade e a capacidade empreendedora é estimulada é um grande desafio, não é trivial, é realmente um desaprender e reaprender.

A base de uma organização é sua cultura, é a liga que une as pessoas e faz as coisas acontecerem, são seus processos, modelos de liderança, engajamento, incentivos, meios de avaliação, etc., é este caldo que garante a perpetuidade e evolução das organizações, e é este modelo que está sendo questionado agora.

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